Obrigado Nêodo pelas palavras que disse: muito bem também no italiano. Não conheço ainda o Léo Jaime, mas quando vou encontrar um disco dele, vou comprar o mesmo.
Gostaria di contar algumas histórinhas sobre a relação entre mim e a música brasileira, com algumas cantoras em particular.


MARIA BETHÂNIA

O meu interesse pela música brasileira está dirigido sobretudo para os cantores-compositores. Isso só porquê acho que só quem escreve uma canção sabe perfeitamente o seu significado. Então tive em passado menor interesse pelos cantores e pelas cantoras. Mas Maria Bethânia não é uma simples cantora: é a explicação da palavra interprete. Eu entendia o significado, o sentido das canções mesmo se não entendia as palavras: parece mais uma "atriz da música" mesmo usando só a voz.


CARMEN MIRANDA

É um dos meus pequenos orgulhos da minha coleção; tenho uma caixa de 5 CD com todas as canções que cantou pelo selo Odeon entre o 1935 e o 1940.


NANA CAYMMI

Eu não gosto da voz da Nana. Eu sei que é muito amada no Brasil mas como escrevo o que penso, eu acho que se tivesse outro sobrenome o sucesso não seria o mesmo. Quando eu escolheva os discos que comprava, quando eu via os discos da Nana fazia comigo mesmo uma aposta. Comprar um disco da Nana com todos os outros que estavam alí, era como sair com uma tal garota quando conhecia várias outras. Sai com a tal garota e cumpri a promessa: comprei o disco.


ELIS REGINA

No final dos anos 80 a televisão Tele Monte Carlo era de propriedade da brasileira Globo. Então podia ver jogos do campeonato brasileiro, ver alguns vídeos de música brasileira, o Brasil estava mais "presente". Eu vi cantar a Elis também junto com Tom Jobim e Gal Costa. O 16 de junho de 1987 fui à uma loja de discos pra comprar mais música brasileira. Entre os discos estava um da Elis, "Luz das estrelas" gravado em 1976. Na contracapa havia uma biografia da Elis em italiano. Tranquilo começo a ler: chego na última frase "Elis morì" (Elis morreu). Morta?????? Sempre vi ela alegre, feliz com a vida....morta??? Não tive a corajem de comprar o disco: tê-lo era como certificar a sua morte. Uma semana depois, passado o choque, o primeiro disco que comprei foi o da Elis.


Alessandro.

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