Revolta...

Nêodo N Dias

Que adianta...
Lamentações que saem formigando da garganta?
Pranto inútil saindo do olhar...
Magoado olhar...

Desespero enraizado n'alma
Nostalgia aprofundada em mim
Sem ter um fim?

Não adianta lamentar...
Nasci assim
E vida afora, em convulsões
Em mágoas
Irei vagando como vagam águas...
Sopradas pelo vento atroz.

Vagando incerto
Buscando sempre o certo
Sem nunca o encontrar

Sou um pária
Um deslocado entre luzes claras
Um fantoche
Causando risos loucos
embora com lágrimas no olhar

Quando num lamento rouco
Clamo por justiça
A populaça ri em minha cara
Contorcendo-se lúbrica, cruel
Dizem ser mais uma piada
Do palhaço fazendo o seu papel

Minha morte...?
Ah...minha morte não será sentida
Sem lamentações e sem ter flores
Não adianta lamentar a vida
E sim brindar a morte que virá
Enchendo-me os olhos de esplendores...!

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