Mosca azul...
Nêodo N Dias
Vivi por muito tempo me batendo
Neste quadrilátero do mundo arredondado
À procura da minha mosca azul.
Sofri, fui jogado humilhado, condenado
Sem ter pecado
Sem saber
Sem sentir
Andei como o náufrago, trôpego,
Por areias escaldantes da hipocrisia
Perambulei ébrio de emoções literárias sem
Ter uma caneta no bolso e a cabeça sombria...
Sofri agrura atroz de falta de posição social
Sem ter uma calça nova, uma gravata, um paletó,
Uma camisa de cambraia.
Como se o mar ignorasse a praia
Por esta não ter flores nem perfumes
Mas o mar lança a cambraia das espumas
E eu andei a esmo com pena de mim mesmo
E da hipocrisia humana.
Procurando a minha mosca azul
Tudo tem um fim ou bom ou mal
Ou feliz ou lacrimoso e eu um dia encontrei
Encontrei afinal.
A minha mosca azul,
A perseguida vida inteira
E eu finalmente encontrei
E vi suas asas translúcidas
E seu colôr azul
Azul celeste
Azul divino
Azul azul,
E na ânsia enlouquecida de ver
O algo mais
A rasguei com uma pinça
E ela era bem banal.
O azul era só a ilusão
A sublime ilusão da poesia.
Nêodo N Dias
Vivi por muito tempo me batendo
Neste quadrilátero do mundo arredondado
À procura da minha mosca azul.
Sofri, fui jogado humilhado, condenado
Sem ter pecado
Sem saber
Sem sentir
Andei como o náufrago, trôpego,
Por areias escaldantes da hipocrisia
Perambulei ébrio de emoções literárias sem
Ter uma caneta no bolso e a cabeça sombria...
Sofri agrura atroz de falta de posição social
Sem ter uma calça nova, uma gravata, um paletó,
Uma camisa de cambraia.
Como se o mar ignorasse a praia
Por esta não ter flores nem perfumes
Mas o mar lança a cambraia das espumas
E eu andei a esmo com pena de mim mesmo
E da hipocrisia humana.
Procurando a minha mosca azul
Tudo tem um fim ou bom ou mal
Ou feliz ou lacrimoso e eu um dia encontrei
Encontrei afinal.
A minha mosca azul,
A perseguida vida inteira
E eu finalmente encontrei
E vi suas asas translúcidas
E seu colôr azul
Azul celeste
Azul divino
Azul azul,
E na ânsia enlouquecida de ver
O algo mais
A rasguei com uma pinça
E ela era bem banal.
O azul era só a ilusão
A sublime ilusão da poesia.
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