*(ou “como sobrevivi ao apocalipse sem precisar ser internado, mas quase”)
Vocês lembram que falamos tanto de viroses e arboviroses que parecia previsão do tempo: “céu nublado com chance de dengue”? Pois é. Eis que virei o spoiler biológico da minha própria timeline. Diagnóstico: influenza. Tipo? Ah, sei lá. Foi uma gripe com nome de arquivo corrompido: “influenza_não_especificada_finalFINAL_definitivo4.pdf”. Tradução médica: “tá ferrado, toma esses remédios aqui e reza pro sistema imunológico fazer o seu trampo”.
Faltou só a musiquinha do Plantão da Globo cada vez que eu tossia.
A coisa ficou feia: cansaço, falta de ar, nebulização três vezes ao dia (com aquele perfume inconfundível de plástico hospitalar quente), injeções na veia cava superior (porque minhas mãos disseram "acabou pra mim, chefe"), e aquele combo maravilhoso de exames: sangue, RX de tórax, pressão arterial e o sempre simpático cotonete enfiado até o passado pra testar COVID.
Resultado:
COVID – Negativo.
RX – Normal.
Sangue – Inconclusivo, talvez eu nem seja humano.
Internação – Não precisou (por um triz).
Medicação – Um combo farmacológico digno de um laboratório inteiro.
Comida do hospital – sabor Nebulização à la mode.
Felizmente, sobrevivi. Estou em casa, quatro dias de atestado, respirando melhor, ainda tossindo como quem fuma tijolo, mas otimista (mentira, só tô cansado). Moral da história? Nenhuma. Mas fica o lembrete: profecia autoimune é real, e gripe não é brinquedo, viu?
Se cuidem. Bebam água. E fiquem longe de mim.
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