Mudando de Assunto agora Música
Da Agência Globo








As vozes da favela







Cena de “O rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas'' / Foto Divulgação

Leonardo
Lichote




Na década de 60, Zé Ketti cantava que a voz do morro era o samba. Nas favelas
de hoje, pandeiros e tamborins continuam lá, firmes e fortes, mas surgiram
outras vozes na favela, como o funk, o hip hop e até mesmo o hardcore. Os
filmes e o debate de hoje da mostra "A favela no cinema", em cartaz no Centro
Cultural Banco do Brasil até o dia 23 de setembro, procuram dar um panorama
dessa nova geografia sonora da favela.



Os clipes "Mágico de Oz" e "Diário de um detento", do Racionais MCs, levam
às telas do CCBB a vida dura das periferias paulistas, sem maquiagem. Na
mesma linha realista, o premiado documentário “O rap do pequeno príncipe
contra as almas sebosas", de Paulo Caldas e Marcelo Luna, conta duas histórias
paralelas de jovens pobres de Recife. Enquanto um escolheu o caminho da
música para vencer na vida, tornando-se baterista do grupo Faces do Subúrbio,
outro virou assassino profissional.

Para lembrar os tempos em que o samba era a voz solítária da favela, será
exibido "Orfeu do carnaval", de Marcel Camus. Para a tarde de hoje, também
está programado o debate "Música, política e mídia", com o pesquisador Micael
Herschman. O passe que durante 30 dias dá direito à toda programação de
cinema e vídeo do CCBB custa R$ 8.



A FAVELA NO CINEMA Ter, às 14h30m: . Às 16h30m: debate: “Música,
política e mídia, com Micael Herschman. Às 19h: “Orfeu do carnaval”, de
Marcel Camus.

Centro: CCBB.

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