Oi, Nêodo!
Gostaria falar de uma doença humana muito desenvolvida: o preconceito.
Posso falar disso porquê eu também, algumas vezes, tenho esta doença (no passado mais do que agora) porquê eu sou uma pessoa muito tradicionalista e então que tem dificuldade por aceitar as novidades. Um exemplo que posso fazer é o seguinte: no começo da minha paixão pela música brasileira, não gostava muito de comprar discos do Gilberto Gil e do Caetano Veloso. Qual a razão? Eles tinham o... brinco nas orelhas!! Mais, o Gil, eram os meados dos anos '80, estava na sua fase mais "rockeira" ("Raça humana" e "Dia Dorim, Noite neon") e para mim então a música brasileira, ainda muito desconhecida, poderia ser samba ou bossa nova. O Caetano tinha também algumas atitudes um pouco.... estranhas, como a de se mexer mais como uma mulher do que um homem.
Imagina como seria a minha coleção de discos de musica brasileira agora sem o Gil e o Caetano!!!
Mas o máximo do preconceito o alcancei com o Ney Matogrosso. Depois de vê-lo na televisão eu disse que nunca eu poderia comprar um disco seu! Só que eu gostava que a minha coleção de música brasileira fosse mais completa possível: assim resolvi comprar, sem muita alegria, uma coletânea do interprete matogrossense. Na verdade gostei mas não quis comprar nada mais dele.
Vi o CD "Um brasileiro" mas não me interessei até quando conheci que era um CD de canções do Chico Buarque, um dos compositores que eu mais gosto: comprei e gostei muito do disco e da interpretação do Ney. Então quando vi o CD "Olhos de farol" resolvi logo compra-lo. Bem, eu acho que este disco é um dos melhores dos 91 LP e 318 CD que tenho até hoje!!
Nêodo, eu quis contar isso pra fazer uma demonstração de como o preconceito pode não revelar lados maravilhosos desta vida. Este foi um fato pequeno, pessoal, mas o problema fica sério quando o preconceito torna-se uma ideologia e pode tornar-se ódio.
Bem, acho que falei demais e peço desculpa por isso. A próxima vez, querido amigo, prometo ser mais breve!!
Um abraço,
Alessandro.

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