Assim se chama o livro escrito por um húngaro que deu o maior golpe financeiro do Brasil na década de sessenta com um “carnê fartura” ou coisa que o valha. O livro, que se tornou um clássico sobre o comportamento do brasileiro e do carioca em especial, traça em pinceladas cheias de humor as características do Brasil urbano do ponto de vista psico-social. Tudo indica que esse estudo fundamentou o golpe dando ao autor segurança no sucesso do empreendimento ao indentificar a ingenuidade e a admiração condescendente do brasileiro frente à ousadia e criatividade de abordagens criminosas.
Passados mais de trinta anos, parece que a situação não mudou muito. Prosperam impunes os mesmos expedientes de enriquecimento ilícito como a confirmar nosso gosto por velhas piadas. Apenas para solidarizar-me com as vítimas e com quem teve o desprazer de vivenciar um desses "contos", quero registrar que a livraria Livros & Livros, estabelecida com uma filial num espaço público do CFH/UFSC, tentou empurrar-me dois livros do seu estoque de “sebos” como se fossem novos. A técnica é apresentar o exemplar como o único da loja. Como niguém gosta de esperar por um pedido de reposição de estoque, a prática se mantém e o negócio prospera.
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