Novidades na Paróquia
Fui a um batizado na igrejinha do meu bairro. O ritual agora se passa frente do altar, como acontece com os casamentos, no horário da missa das 19:00, a mais concorrida. Duas crianças, os pais, os padrinhos e o padre. Ao final da cerimônia o celebrante empunhou uma vela (círio) onde cada padrinho acendeu a sua. A vela representa a mensagem de salvação de Cristo. Três vezes na vida o crente porta esse símbolo: no batismo, na primeira comunhão e na morte, lembra o vigário. Dois mil anos de ritual pesam na cristalização e força do ritual.
Na porta da igreja, um cartaz escrito em papel A4, fonte ariel 20, colocado numa moldura barata de madeira com vidro, alerta os fiéis que "O vestuário obedece às ocasiões: festa, esporte, praia... Para a Igreja discreto e adequado deve ser o vestir". Coisas do novo pároco que, segundo o prof. Pauli, além de conservador é bicha. Chamou-me a atençao o pequeno conjunto musical que inovou introduzindo, além do indefectível órgão elétrico e do violão, uma bateria. As canções começavam ao som do bumbo seguindo o rítmo 1, 2, 3, 4 (pã - pãpãpãpã). Quem diria que a música profana (da senzala) entraria um dia numa igreja. Esse é o som que hoje anima as missas.

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