Ciência médica - até onde confiar na ciência?
"Mais felicidade" é a notícia de dois terços de página que a revista Veja publica na edição de 10 de outubro de 2001, p. 127, com o subtítulo de "Chega às farmácias o Uprima, outra droga antiimpotência", assinada por um tal de Ariel Kostman, mas com indisfarçavel formato de peça de marketing. O medicamento Uprima, recém lançado pelo laboratório Upjhon é contraposto ao Viagra, da Pfizer. As vantagens do Uprima sobre o Viagra seriam o fato dele levar menos tempo para fazer efeito e poder ser tomado junto com drogas vasodilatadoras a base de nitratos (Isordil, Isocord e Substrate). Enquanto o Viagra "age no pênis, relaxando a musculatura e aumentando o aporte de sangue para a região" o Uprima "age no sistema nervoso central, facilitando a condução dos estímulos sexuais do cérebro até o pênis." pelo aumento da dopamina. Diz a notícia que "O princípio ativo do Uprima é a apomorfina. Essa substância foi inicialmente usada pela indústria farmacêutica como indutora de vômitos em situações de intoxicação. Depois, passou a ser utilizada no tratamento de mal de Parkinson, já que conseguia reduzir a rigidez muscular que caracteriza a doença. Os médicos notaram que vários pacientes portadores de Parkinson exibiam um efeito colateral inusitado: tinham ereções. Os pesquisadores tiveram, então, a idéia de criar um remédio a base de apomorfina para curar a impotência." Do geito que a avança a ciência médica, qualquer dia os laboratórios tentarão nos convencer de que remédios antigos, por exemplo, antidiarréicos, podem aumentar o coeficiente de nossa subdesenvolvida inteligência.

Comentários