Por outro lado, para Renato Vivacqua, pesquisador da MPB, a definição da MPB hoje é, nas palavras dele: “lastimável. Não sou um radical como José Ramos Tinhorão que para mim é o melhor pesquisador brasileiro e o que melhor escreve. Mas não chego a ser radical como ele que prefere, por exemplo, Tonico e Tinoco a Tom Jobim. Eu não chego a isso. Mas houve uma época, devido às dificuldades de se gravar um disco, que existia uma seleção natural. O processo de gravação era muito caro. Hoje em dia, diante da tecnologia, todo mundo grava. Houve uma época em que o bolero dominava o Brasil e havia muita crítica sobre isso. Mas hoje em dia está acontecendo a mesma coisa. A música dita sertaneja nada mais é do que um bolerão da pior espécie. Não sou contra os boleros. Nós temos aí o prêmio Sharp dado a Pena Branca e Xavantinho. Se você ligar a TV no Canal 2, aos domingos, no programa da Inezita Barroso, verá a música realmente caipira de raiz. Não são essas dores de cotovelo. A música sertaneja de hoje é de fossa”.

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