Conversando com Tinhorão e José Miguel Wisnick...

Recentemente houve um debate aqui na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) entre Tinhorão e Wisnik sobre as idéias do primeiro e os comentários do segundo.

Na oportunidade, pode-se ver que Tinhorão mudou muito desde há 15 anos no que se refere à MPB... ou seja: Ao bradar contra a ‘macaqueação’ da classe média que imitava supostamente a cultura americana, em meados dos anos 1960, Tinhorão fazia a seu modo uma crítica precoce do avanço da mercantilização, embora o ponto visado não fosse expressamente esse, mas a descaracterização do popular e do nacional. Contrapunha a essa tendência “inautêntica”, da qual tomou obsessivamente a bossa nova e depois o tropicalismo como emblema, uma música popular isenta de comercialismo e influência estrangeira, essa sim autêntica, a seu ver, pela pureza das suas raízes populares. Formulou desde então um autêntico fundamentalismo sócio-cultural em defesa de uma identidade supostamente natural e exclusiva das classes populares contraposta à invasão da cultura estrangeira.

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