Mas, afinal, e o que eu penso disso tudo?...

Ora, se por um lado a importância de autores (músicos) como Caetano, Gil, entre outros, de moviemtnos tais como a Bossa Nova, a Jovem Guarda, e o Tropicalismo, cada um com sua proposta e tempo, são inegáveis, por outro, a cutlrua nacional tem se mostrado de uma vivacidade incrível. A forma como as culturas de renovam e se "hibridizam" é incrivel...

As pessoas no Brasil tendem a incorporar tendências cosmopolitas, universais, e a música não fica fora desse modo de viver... não se pode falar apenas num tempo passado, há algo novo acontecendo aqui, a música deixa à mostra a alma de um povo, de como enfrenta o hoje, de como convive com as incertezas e com as tendências do planeta.

Se o RAP paulistano, como o CD ‘Sobrevivendo no inferno’, dos Racionais MC’s, não se "encaixa" numa alma nacionalista, mostra, contudo, um outro lado da realidade, uma nova expressão social, que é ideológica, num certo sentido, do grito de um grupo de excluídos, sem escolaridade, sem perspectivas futuras, como o são uma grande maioria de brasileiros...

O tal movimento FUNK carioca, com a seu indefectível "éguinha pocotó" expressa uma rebeldia sem causa, mas com fundamento, da violência dos morros, da incerteza do amanhã, da falta de emprego e da insegurança social... que reformulam os gêneros, dando sentido à sua existência e tornando-se visível? Mas há ainda outra faceta dessa coisa toda, a incorporação pela classe média alta (elites) desses gêneros... Lulu Santos (se não lembro mal) gravou agora uma espécie de Rap, com título "ja é"... que é uma gíria dos morros e que a patota do "happy hour" já incorpora. Outras mais, tais como: "demrô", "tá ligado?", entre outras... isso acontece a partir da visibilidade alcançada pela muisicalidade dos morros, que não é o samba, nem o de roda... não é de um Zeca Pagodinho, ou "fundo de quintal", não é samba-raiz, nem bossa nova, é música brasileira de um povo braasileiro, sofrido e esquecido, que se vê às voltas com amarginalidade, com a experiência edas prisões, de Bangú 1,2,3, de Carandirú...

Taí o novíssimo cinema brasileiro.. quais são os filmes mais vistos? Central do Brasil, Cidade de Deus, Carandirú, o Invasor, etc.. falam de quê?

Será que somos apenas imitadores de uma cultura negra norte americana? Será que não possuímos uma alma? Uma criatividade? A Hibridação permite a desconstrução e reconstrução de mitos, e cria novas roupagens, que se tornam originais, é muito!!

bração...

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