Num blog, em 2 de outubro de 2001, citei as Ilhas Trobiand, conhecidas mundialmente pelo trabalho de Bronislaw Malinowski. Este senhor, como todo antropólogo que se preze, escrevia diários de campo. Depois de sua morte, em 1942, a viúva descobriu e publicou, em 1967, um caderno de notas abrangendo um período de 19 meses, entre 1914 e 1918, quando ele pequisava na Nova Guiné. O livro foi editado no Brasil somente em 1997 pela Record. Lembrei-me dele porque há uma proposta para que eu publique o diário de campo da estada no Posto Duque de Caxias, em Ibirama, SC, reserva dos índios Xokleng, quando acompanhei Silvio Coelho dos Santos, na sua primeira visita ao posto, em julho de 1963, na qualidade de assistente de pesquisa. Confesso que havia esquecido a existência desse diário não fora um comentário de Neodo sobre uma citação feita em dissertação de mestrado na UFSC. E quanto a publicá-lo (num blog, claro) animou-me, embora não pelas mesmas razões, a decisão da viúva de Malinowski, contrariando a opinião daqueles que acham que "(...) um diário é algo de natureza basicamente privada, e não deveria ser publicado; "

Ainda sobre diários, ontem me deram a notícia de que Luiz de Castro Farias, ex-Diretor do Museu Nacional, publicou um livro sobre a uma viagem ao Brasil Central, quando acompanhou Claude Levy-Strauss. Nos Tristes Trópicos Lévy-Strauss fala dessa viagem.

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