ARIGATÔ


Mesmo sabendo que este é um instrumento que alcança o mundo inteiro, nem sempre o meu pensamento está “em dia” com a realidade: então, quando escrevo, penso que as minhas mensagens chegam só no Brasil. Assim, aproveitando da amiga talvez “japobrasileira” que deixou um comentário no meu último post, deixo esta canção aos brasileiros que moram na terra do sol nascente e a todos os japoneses.

DO JAPÃO
(Gilberto Gil)

Do Japão,
Quero uma câmera de filmar sonhos
Pra registrar nas noites de verão
Meu corpo astral, leve, feliz, risonho
Voando alto como um gavião;
Que filme dentro da minha cabeça
Todo pensamento raro que eu mereça,
Toda ilusão a cores que apareça,
toda beleza de sonhar em vão.

Do Japão,
Quero também um trem bala de côco
Pra atravessar túneis do dissabor;
Quero um micro computador barroco
Que seja louco e desprograme a dor;
Visitar um templo zen-disbundista,
Conversar com um samurai-futurista
Que me dê pistas sobre o sol-nascente,
Que me oriente sobre o novo amor.

Do Japão,
Quero uma gueixa que em poucos minutos
Da minha queixa faça uma paixão,
Descubra novos sentimentos brutos
E enfentiçada tome um avião
E a gente vá viver num outro mundo,
Pra lá do terceiro ou quarto ou quinto mundo,
Onde a rainha seja uma assuscena
E a divindade a pena do pavão.


Abraços,
Alessandro.

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