Planeta Terra, 30 de abril de 2002

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INÉDITO
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.:: DIA DO TRABALHO

SEIS HORAS DE JORNADA
Por José Lucas Alves Filho

O ponto de partida para a resolução da crise e a retomada do
crescimento econômico é o estabelecimento de uma jornada de trabalho
reduzida, que permita o emprego de milhões de pessoas que hoje
vagueiam pelas praças e ruas das metrópoles nacionais e regionais, que
ficam sentadas às calçadas das cidades do interior, ou que se dedicam a
mitigar sua fome através de pequenos “bicos” ocasionais, empregos
temporários, ou que se “encostam” nas casas de parentes, ou que vivem
de pequenos artifícios, negociando bugigangas, valorizando seus
pertences miúdos, ou contrabandeando no mercado “artigos do
Paraguai”, ou ainda delinqüindo, pedindo esmolas, ou prostituindo-se.

A redução da jornada semanal para quarenta horas é insuficiente,
porque mantêm atrelados os trabalhadores a suas empresas, durante
todo o dia, ainda que se reduzam os dias de trabalho para quatro dias
por semana. Assim, eles continuarão sem outras alternativas de
produção continuada (em suas casas, em outros afazeres), sejam de
origem econômica ou de outra ordem - lazer, cultural, etc. Como
conseqüência da redução para quarenta horas, certamente a
produtividade por trabalhador aumentará, aumentando a produção, mas
isto não garante, como contrapartida, o aumento do emprego, porque as
fábricas e serviços continuarão com os mesmos turnos de trabalho, o
mesmo número de trabalhadores.

Confira o artigo completo que fala da viabilidade econômica da proposta:
http://www.novae.inf.br/ativismo/jornada.htm

.:: CARD NOVAE
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