À CLARICE

Por mais que eu grite
A minha voz não vai te alcançar.
Por mais que eu aponti a vista
Os meus olhos não vão te ver.
Por mais que eu me estende
as minhas mãos não vão te tocar.
Mas o meu coração pode fazer
O que o resto do meu corpo não pode:
Passar por terras e mares
Até chegar pra você.
E diante de ti
Se abrir e se derreter
Tornando-se pura emoção
Entregando-se em forma de poesia.

(Poesia improvisada do não poeta Alessandro D. Andreini escrita na não sua língua natal e que é um prefácio, que o Vinícius me perdoe, à verdadeira poesia que é a que segue....)


MINHA NAMORADA
(Carlos Lyra / Vinícius de Moaes)

Meu poeta eu hoje estou contente
Todo o mundo de repente ficou lindo de morrer
Eu hoje estou me rindo nem eu mesmo sei de quê
Porquê eu recebi uma cartinhazinha de você

"Se você quer ser minha namorada
Ah, que linda namorada
Você poderia ser
Se queser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser

Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber por quê

Porém, se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer

Você tem que vir comigo em meu caminho
E talvez o meu caminho seja triste pra você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
Os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois"



Beijos,
Alessandro.

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