Todo mundo aceita que ao homem
cabe pontuar a própria vida:
que viva em ponto de exclamação
(dizem: tem alma dionisíaca);
viva em ponto de interrogação
(foi filosofia, ora é poesia);
viva equilibrando-se entre vírgulas
e sem pontuação (na política):
o homem só não aceita do homem
que use a só pontuação fatal:
que use, na frase que ele vive
o inevitável ponto final.
Fonte: MELO NETO, João Cabral de. Museu de tudo e depois. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
Diário Virtual Coletivo - Cotidianas Escritas por: Nêodo N Dias Jr. Bem Vindos!
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Um comentário:
João Cabral de Melo Neto é daqueles que o Grande Vaqueiro d'Universo manda passar por aqui a cada duzentos anos... Lindo poema.
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