PENSAMENTOS GERAIS

Antes de comentar alguns fatos que me acompanharam nos meus dias cariocas (coisa que acontecer? quando vou ter as fotos na mão, então tem que ter paciência), quero escrever alguns pensamentos gerais.
O que eu tenho no coração? Principalmente a amizade das pessoas que encontrei, a confiança delas em mim.
Antes de tudo quero dizer que eu para elas no máximo era um semi-desconhecido. Para as donas da casa Therezinha e Juliana sem o "semi": desconhecido mesmo! Mas elas aceitaram a minha presença quase desculpando-se que não poderiam fazer mais. Mas qual era o "mais"? Mais disso? Aceitar um monte de incomodações pra hospedar um ilustre desconhecido vindo de longe ? o mais do mais do mais do mais...
Primeiros minutos da minha visita: Nêodo me entrega as chaves da casa. As chaves da casa! Fiquei quase espantado por isso!! Queria dizer a ele: olha, que você não me conhece, come pode me entregar as chaves?? Ele me deu, sem pedir "curriculum vitae", o passaporte da casa dele (que além do mais não é dele). "fique à vontade", palavras que aprendi e que tenho no meu coração...
E que dizer da Cla? Foram vários momentos sozinhos: e seu fosse um "cara de mal"? (não sei como dizer mas espero de ser intendido). Também ela não me conhecia muito. Oh, Cla!! Não sei se todas as cariocas são como você é: com certeza todas as mulheres, no mundo inteiro, deveriam ser como você é. Ou pelo menos espalhar a alegria que você espalha com a sua teatralidade nos gestos, palavras e...risada! Acho que você seja o melhor remédio contra a tristeza. E a coisa linda foi que ela disse que são os italianos que falam cantando...
Quem me surpreendeu foi a Pouly: ela sim que não me conhece!! Só por comentários lá no Penicilina. E não foi que me hospedou na casa dela pra passar uma noite assim que na manhã seguinte eu pudesse ir cedo à praia com a Cla? Mas que coração têm esses amigos meus? Fiquei pensando que não mereço tudo isso: que confiança que têm! E a mesma Pouly pediu desculpas porque não foi muito presente...Pouly: você devia trabalhar, que desculpas? Um beijo pra você que além de tudo eu não pude nem saudar.
E os professores da Unigranrio? Falando comigo como se fosse um velho amigo!
Uma das colegas do Nêodo (como de costume não lembro o nome mas acho alguma coisa parecida a "Rifane" ] comentário do Nêodo = [é REJANE]) quase chorou (ou chorou mesmo?) no momento da despedida porqu? ela não teve a possibilidade de me conhecer melhor pra falar de Mpb da qual ambos gostamos muito.
Com certeza esqueço muitos que encontrei e conheci por poucos minutos, colegas de trabalho (Reginaldo...rs..) ou pessoas ligadas aos amigos (pais, irmãos, amigos deles) mas tenho o coração cheios das emoções que todos vocês me deram, todo o carinho e amor que com certeza eu não soube devolver.
Ao voltar na Itália, em Florença (não em Milão onde eu desembarquei diretamente de um país estrangeiro, mas em Florença mesmo) um dos policiais do corpo da "guardia di finanza" me perguntou de onde eu vinha. Eu disse de Milão mas o ponto de partida era Rio de Janeiro, Brasil. Com o seu jeito típico de "carcamano" (carcamano mesmo), seu ar de superioridade, ele quis saber tudo: onde fui, quantos dias, e ao meu "nada a declarar" com o seu ar de superioridade ainda mais superior me disse: "Então você quer me fazer crer que foste ao Brasil e não trouxe nem um souvenir?" Respondi que comprei livros, cd's... "Tá bom", me respondeu o cara, broncando...
Bentornato in Italia, Alê!! (era isso mesmo?)

Com saudade de todos vocês, de todos os lugares, de todo o que não é gringo,
Alê.

(upgrade por Nêodo em 23 de março de 2004 as18:01 hs)

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