mais sobre WeBlogs..

do Blog do nemo mox.... retiro o seguinte:

"O Globo e o Jornal do Brasil há algum tempo mantêm colunas sobre weblogs. Tenho me perguntado se isso realmente traz algum benefício ao leitor do jornal ou ao mundo blogueiro. Porque ambas publicações optaram pelo mesmo formato, com citações curtas de trechos de alguns weblogs. Claro que faz bem ao ego e aos page views aparecer por lá, mas não haveria espaço para um comentário mais elaborado? Um colunista escrevendo sobre telenovelas não se limita a citar trechos do diálogo, um comentarista literário não fica só nas citações dos livros. Por que então não discutir a forma e o conteúdo dos weblogs? Mesmo que o formato cut-and-paste persista, ainda acho que os temas poderiam ser melhor escolhidos. Existem debates interessantes circulando por vários weblogs, dos direitos de autor à máfia da banda larga, do clued marketing ao jornalismo gonzo, temas que poderiam ser enriquecidos ao saltarem para as páginas de um grande jornal. Mas talvez os caminhos da grande mídia e dos weblogs sejam demasiadamente divergentes para uma parceria dessas.

09:30
Se Bob Dylan fosse blogueiro: "How many posts must a man write down before you call him a man?"

taí.. é o que venho dizendo há tempos... isso é uma coisa mais séria do que se pode imaginar, por enquanto... e, além dos grandes jornais, acho que a acdemia poderia se ocupar de tentar interpretar esse "movimento", que está começando e já toma conta de muito do tempo de muita gente na Web...

Lemrbo do que disse Pierre Levy e que usei em minha dissertação de mestrado na EPS/UFSC..
" Segundo Lèvy (1993:7) “novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática.”

ou ainda...

"Com a utilização das novas tecnologias de comunicação e a mudança, ou a re-significação dos papéis dos sujeitos envolvidos no processo de ensino/aprendizagem, ascendemos ao que Lèvy define como o pólo "Informático Mediático", no qual a pragmática da comunicação reside na noção de que "conectadas à rede informático-mediática, os atores da comunicação dividem cada vez mais um mesmo hipertexto. A pressão em direção à objetividade e à universalidade diminui, as mensagens são cada vez menos produzidas de forma a durarem" (Lèvy, 1993:127).

Por outro lado, as formas canônicas do saber passam da narrativa e do rito, na oralidade primária e da teoria e interpretação, no pólo da escrita, para a modelização operacional ou de previsão e simulação no pólo informático mediático. Ou, em outras palavras, através das Novas Tecnologias de Comunicação e Informação (NTCI's), os atores que estavam antes separados, em função do surgimento da escrita, podem agora, de uma forma bastante inusitada, re-aproximarem-se ao pólo da oralidade primária, pois que compartilham um mesmo ambiente, mesmo que virtual, da construção do conhecimento (Lèvy, op. cit.). "


Ou seja, pesar de ainda escreverem... dentro de uma perspectiva mediada pela tecnologia, os homens e mulheres desse novo milênio retoma, por assim dizer, a sua oralidade primária.. as coisas são contadas, de um para outro formando assim um emenso hipertexto rizomático.. com ligações e ´nós que se direcionam e se interligam das mais variadas formas...

só para pensar...

bração...

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