Por que é tão importante saber quem será o novo Papa?
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Sempre que o trono de São Pedro fica vago (ou como preferem dizer lá, "sede vacante" — porque latim é sempre mais dramático), o mundo parece se inclinar em direção ao Vaticano, esperando por fumaça. Literalmente. Branco: temos Papa. Preto: ainda não. É como um sinal de Wi-Fi medieval. E assim começa o espetáculo: jornalistas acampados na Praça de São Pedro, comentaristas teológicos temporários emergindo do nada, e claro, a infame bolsa de apostas papal — porque nada diz "espiritualidade" como tentar lucrar com a escolha do sucessor de um pescador galileu.
Mas por que tudo isso importa? Por que tanta gente se importa com o nome de um senhor de idade que vai morar num palácio decorado com afrescos e carregar um cajado dourado com humildade solene? Será que a escolha realmente afeta nossas vidas de simples mortais, presos entre boletos, redes sociais e o eterno dilema entre café e ansiedade?
A resposta, por incrível que pareça, é: talvez.
Além de ser o líder espiritual de mais de um bilhão de católicos, o Papa também é, tecnicamente, um chefe de Estado. Sim, o Vaticano é um país. Um país real, com passaporte, moeda própria (euro, claro, porque até o céu precisa de estabilidade econômica), e até uma guarda suíça armada com lanças e plumas na cabeça — uma estética que diz "carnaval histórico com orçamento ilimitado".
Então, escolher um Papa não é só questão de fé: é diplomacia, é política internacional, é soft power com crucifixo. A depender de quem for escolhido, há impactos em temas como imigração, meio ambiente, desigualdade social, e o eterno embate moral sobre... basicamente tudo. Será um Papa mais progressista, que conversa com os jovens e twitta em oito idiomas? Ou um mais tradicionalista, que olha torto até pra guitarra elétrica nas missas?
E me pergunto: se perguntássemos ao próprio Deus o que Ele pensa disso tudo — o conclave secreto, os votos em papelzinho, os cardeais com cara de suspense num cenário que parece uma mistura de novela histórica com “Missão Impossível” — será que Ele riria? Será que diria: “De novo com essa encenação toda? Eu só queria que amassem uns aos outros, gente.”
No fim das contas, talvez não importe apenas quem será o novo Papa, mas se ele lembrará que o cargo não é um trono, mas uma cadeira — e que o peso da tiara papal, mesmo simbólica, deveria ser o de carregar o mundo, não apenas governá-lo.
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