A REALIDADE DE UM SONHO (II)


VIAGEM - 2°

Dia 7 de março – domingo


Não vou contar a viagem minuto por minuto, fiquem tranquilos. Só digo que
entrei em terras brasileiras sobrevoando Recife e passei sobre Belo Horizonte antes de aterrar em Guarulhos. Só que era escuro, sendo noite. Nada se via.
Estou sentado bem no centro do avião quando o capitão anuncia que vamos começar a descer. Fora, as primeiras luzes esclarecem o dia. Está nublado, não consigo ver nada. Só repito que aquela que estou vendo é a luz do Brasil…do meu Brasil. Tenho que me destrair: pensando assim, além de ser pensamentos de criança, as lagrimas querem sair dos meus olhos. Tudo bem se fosse sozinho: mas o avião está cheio, as minhas emoções têm que estar fortes mas seguradas dentro de mim. Descendo descendo eis que pela primeira vez vejo o Brasil. “Ale, o Brasil, o Brasil…acredite, isso não é sonho não…Estás vendo a realidade…”. Sim, o Alessandro está pela primeira vez vendo a Terra Brasilis. Não sei o lugar, com certeza acho seja o estado de São Paulo (a descida começa muito antes do pouso, mas o Minas Gerais seria antes demais). Só que agora, sentado, não vejo nada. Mas estamos chegando…faltam 10 quilómetros….5…3...2…1… mas nada de zero! Faltando quase nada ao pouso o avião dá uma acelerada e volta a subir. Os passageiros não são muitos tranquilos: o mais tranquilo pareço eu! O avião vira e alí o espetáculo!! Com o avião virando, das janelas vejo São Paulo ou pelo menos a Grande São Paulo. Alí logo vejo a primeira diferença com a Itália: enquanto no País do Bota a terra é cor de marrom, aquí a terra é avermelhada. Bom, disso eu já sabia e já via nos livros e vídeos: mas esta vez o encontro é entre os meus olhos e a terra, nada de intermediários. Mais duas voltas sobre Guarulhos e finalmente o pouso.
E às 6 horas da manhã Alessandro David Andreini cheira o ar do Brasil, toca o chão do Brasil. Alessandro David Andreini está no Brasil.

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