Deu também na Gazeta Esportiva de São Paulo: o futebol está doente em várias partes do mundo.
Eu posso falar da situação italiana que é ainda pior do que eu pensava. Quem mora na Itália não pode se surpreender: o futebol vivia acima da realidade. Os preços de qualquer coisa ligada ao futebol, dos jogadores aos lugares nas arquibancadas, parecia coisa de outro mundo. Tudo isso está continuando, mas alguém acordou-se: tarde, mas melhor tarde do que nunca. Assim tem o risco que times tradicionais, como Fiorentina e Genoa, desapareçam; que Roma e Lazio ainda sejam sem certezas de participar à primeira divisão. Que o campeonato ainda não tenha data definita pra começar, embora os cartolas digam que será o primeiro de setembro, com certeza. Mas o futebol italiano, que nunca foi o melhor do mundo, ainda menos o mais interessante mas, sim, o mais difícil, não vai cair no abismo.
Quem está caindo é o esporte em geral. Todas as federações têm problemas também pelas participações dos atlétas nos vários campeonatos ; esportes como a esgrima, que tantas alegrias e glórias deu à Itália, ainda não sabe se pode sobreviver. E o máximo órgão esportivo italiano, o CONI (Comitato Olimpico Nazionale Italiano), não tem dinheiro nem pra pagar os próprios empregados.

Em um acidente de carro, ficaram feridos dois jogadores do Brescia, time que já tive esse ano um morto pela mesma causa. Falando mais em geral, os mortos por acidentes de carros nos fins de semana na Itália são a regra. Não sei se é a primeira causa de morte no Bota, mas está nas primeiras posições: nos fins de semana do verão o número vai de 50 a 80.

Bem, depois dessas alegres notícias, posso me despedir: espeando de poder escreverr boas novas, ou pelo menos curiosas novas,
um grande abraço,
Alessandro.

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