Ralph Messenger, para quem a mente é uma "máquina virtual , um "computador paralelo", "Um sistema de sistemas" (p. 47), é o personagem central de uma obra do romancista inglês David Lodge, dedicada à "Década do Cérebro". Professor de Inteligência Artificial, Messenger é chefe do "Centro Holt Belling de Ciência Cognitiva", voltado para o estudo sistemático da mente, segundo êle, "a última fronteira da investigação científica." (p. 46), da universidade inglesa de Gloucester, "instituição inteiramente fictícia. Pelo menos era quando escrevi este livro", esclarece o Autor (p.7). (Lodge, David. Pense. Ed. Best Seller, 2001.Título original: Thinks...).
Messenger detesta os pensadores pós-modernos, pós-estruturalistas e assemelhados porque eles, segundo declara, "(...) são essencialmente hostis à ciência. Catam por aí uma ou outra idéia científica moderna, sem compreende-la direito, e a exibem como um truque de baralho. Pensam que o Princípio da Incerteza de Heisenberg, o Gato de Schrödinger e o teorema de Godel os autorizam a dizer que não existe prova científica e que a ciência é apenas uma interpretação do mundo entre outras igualmente válidas."
Declarando sua profissão de fé na ciência moderna, Ralph Messengeer afirma que "Desde o iluminismo a ciência vem se afirmando como a única forma de conhecimento verdadeira. Isso criou um problema para as formas rivais: elas tiveram que engoli-la, de tentar tornar-se científicas também, correndo o risco de descobrir que seu mundo conceptual carece de fundamento, como a teologia séria por exemplo. Ou então só lhes resta enfiar a cabeça num saco e fingir que a ciência não existe, como faz a religião fundamentalista. Os tais pós-modernos ergueram a última barricada de sua disciplina dizendo que todo mundo está no mesmo barco, inclusive os cientístas, e que não existem fundamentos nem buracos. Mas não é verdade. A ciência é real. Provocou mais mudanças nas condições de vida humana do que todas os milênios precedentes da história juntos." p. 260.
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