Estimado Marcilio:

Dos años después de que escribiste tu artículo en Diario Virtual
Coletivo (“Pablo Tornielli analisa Borges”, Segunda-feira,
Outubro 29, 2001, transcripto al final) lo he leído. Muchas
gracias por tu comentario, y he aquí algunas citas de los
diccionarios borgianos que omití en mi ensayo:

Carlos Stortini: "El diccionario de Borges", Sudamericana,
Buenos Aires 1988.

Evelyn Fishburn y Psiche Hughes: "Un diccionario de Borges"
(prólogos de Mario Vargas Llosa y Anthony Burges), Torres
Agüero, Buenos Aires 1995.

Evelyn Fishburn y Psiche Hughes: "A dictionary of Borges"
(Forewords by Mario Vargas Llosa & Anthony Burgess), Gerald
Duckworth & Co. Ltd., London 1990.

Cordialmente,

Pablo Tornielli
Buenos Aires
Argentina

pbtr@uolsinectis.com.ar
____________________

Pablo Tornielli analisa Borges
Pablo Tornielli, no artigo intitulado ALGUNOS MOTIVOS ÁRABES E
ISLÁMICOS EN LA OBRA DE BORGES , datado de Buenos Aires, outubro
de 2001, refere-se à geografia e à linguagem criadas por Borges
como algo tão poderoso "(...) al punto de haberse editado
diccionarios borgianos que someten su exuberante código de
símbolos a la ingenua clasificación alfabética." tendo criado
"(...) una impresionante galería de imágenes con gran poder de
sugerir significados."
Seria ótimo se Tornielli fosse mais preciso nessa citação,
dando-nos uma pista para localizarmos essas obras, pois a única
informação que possuo sobre "classificação alfabética" é o
comentário de Michel Foucault sobre um texto de Borges remetendo
a uma misteriosa "enciclopédia chinesa" (vide o Prefácio de As
palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências
humanas.Livraria Martins Fontes Editora, 1987 (4a. Edição)
Titulo original: Les mots e les choses.Une archéologie des
sciences humaines. Gallimard. Paris, 1966), sem dizer que Borges
é esse sem fazer também qualquer citação bibliográfica. Coisa
perfeitamente desculpável no sábio francês... Como Foucault
inicia o Prefácio dizendo "Este livro nasceu de um texto de
Borges." imagina-se logo que esse Borges só pode ser o poeta
argentino. Foucault ficara impressionado com o mundo borgiano,
especialmente com esse texto que "(...) fez-me rir durante muito
tempo, não sem um mal-estar evidente e difícil de vencer."
(idem, p.7) , on
de identificava "(...) um pensamento sem espaço, a palavras e
categorias sem tempo nem lugar mas que, em essência, repousam
sobre um espaço solene, todo sobrecarregado de figuras
complexas, de caminhos emaranhados, de locais estranhos, de
secretas passagens e imprevistas comunicações; haveria assim, na
outra extremidade da terra que habitamos, uma cultura voltada
inteiramente à ordenação da extensão, mas que não distribuiria a
proliferação dos seres em nenhum dos espaços onde nos é possível
nomear, falar, pensar." (idem p.9)
Postado Segunda-feira, Outubro 29, 2001 por Marcilio.

Comentários