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às vezes você encontra na Web coisas que gosta ou que significam muito;´palavras que traduzem o seu sentimento sobre determinado tema e por isso gostaria de compartilhar com seus amigos.. é isso que faço agora, republico aqui um comentário do Ricardo Noblat disponível na Web

Nossa culpa, nossa máxima culpa

Que Congresso é esse onde o presidente do Senado manobra para empurrar de barriga a abertura de processos contra três dos seus pares suspeitos de terem embolsado grana com a venda superfaturada de ambulâncias para prefeituras?

E que Congresso é esse onde o presidente da Câmara silencia durante uma semana diante da denúncia de que existem ali funcionários fantasmas? Ele só decidiu se mexer quando o assunto transbordou das páginas dos jornais para a televisão.

O Conselho de Ética do Senado desmontou a manobra do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Há duas semanas, Renan foi chamado de "quadrilheiro" pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e sequer respondeu a ofensa.

Pressionado, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da Câmara demitiu dois funcionários fantasmas. E prometeu entregar a lista deles que o Ministério Público pede há mais de seis meses. Os fantasmas são pelo menos 600 e custam R$ 20 milhões por ano.

Ocupam cargos de confiança. Foram indicados por deputados e ex-deputados para assessorar órgãos técnicos da Câmara. Na verdade, assessoram seus padrinhos. Muitos deles moram fora de Brasília e por lá mesmo recebem seus salários.

E com os partidos

Outro dia perguntei se você compraria algo a um vendedor que não lhe inspirasse confiança. Com isso quis sugerir: na dúvida, não vote em candidatos pendurados em processos ou alvos de denúncias que pareçam consistentes.

Isso vale para um Severino Cavalcanti, por exemplo, que renunciou à presidência da Câmara e ao mandato para não ser cassado; e vale para um Antônio Palocci, acusado de ter mandado quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Vale para mensaleiros, sanguessugas e outros espécimes perversos.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio impugnou várias candidaturas desse tipo de gente. O Tribunal Superior Eleitoral está preste a responder a uma consulta sobre se a impugnação é de fato possível.

Se responder que sim, tudo indica que o Supremo Tribunal Federal dirá que não em seguida. Ninguém pode ser punido sem que a sentença transite em julgado, diz a lei. E não há sequer sentença contra nenhum dos parlamentares suspeitos do crime de quebra do decoro parlamentar.

E com a gente

Fora a justiça popular que se faça por meio da negativa do voto, resta os partidos políticos terem um mínimo de vergonha e expulsar dos seus quadros esse tipo de gente. Isso eles podem fazer rapidinho - nos próximos dias, se for o caso. Já poderiam ter feito.

Se não fizerem estarão se comportando como o PT que não puniu ninguém sob a desculpa de que só cabe à Justiça punir. E reforçando o discurso de Lula de que o sistema político está podre e de que o PT nada fez de diferente dos outros.

A se julgar pelas pesquisas, o discurso de Lula colou. Como colou aquela história de que uma mãe nem sempre sabe o que os filhos fazem nos quartos e nas ruas - e, portanto, não pode ser culpada pelos atos deles.

Ao fim e ao cabo, não se surpreendam se o desempenho do PT nas eleições de outubro ficar longe de ser considerado desastroso. A performance de Lula poderá contaminar a performance do PT e salvá-lo.

Lá e cá...

Lá, Haim Ramon, de 56 anos, ministro da Justiça de Israel, renunciou ao cargo sob a suspeita de ter beijado uma soldado à força durante uma festa. O incidente aconteceu no dia 12 de julho, data em que a guerra no Líbano começou.

Aqui, o procurador geral da República denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o deputado federal Lupércio Ramos (PMDB-AM) pelo crime de ter engravidado uma menor e a obrigado depois a abortar. Ramos é candidato à reeleição.

Aqui, são candidatos à reeleição 58 dos 72 parlamentares alvos de processos de cassação sugeridos aos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado pela CPI dos Sanguessugas. São suspeitos de lucrarem com a venda superfaturada de ambulâncias.

Que Congresso é esse?

Ora, criatura, é o Congresso que elegemos, pois não.

Que país é esse? Ora, criatura, é o país que construímos com a nossa omissão.

Abuso de poder econômico

A Justiça Eleitoral vai investigar denúncia de abuso de poder econômico que estaria sendo praticado por um candidato às eleições proporcionais. O nome será divulgado em breve.

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