O Homem que desafiou o Diabo...

Um dos mais recentes filmes da nova safra nacional que assisti dia destes.. sinceramente um bom filme.. com o Marcos Palmeira e cia.. o filme é a dramatização do romance as pelejas de Ojuara, de Nei Leandro Casstro (que afirma que o escreveu em Chigaco à custa de longas noites de bebedeiras nas noites geladas daquela cidade estadunidense... é mole??)..

O filme é estrelado por Marcos Palmeira, que convence como o mulherengo Zé Araújo, mascate que se transforma em Ojuara, o típico cabra-macho do sertão. O aventureiro não teme nada ou ninguém e vive à caça de mulheres (uma das pessagens mais bizarras do filme, que não nega a mão de Moacyr Góes, é a da Mãe de Pantanha (Flávia Alessandra).. um castelo em pleno sertão nordestino (sem contar os engfeites da tal personagen...) é bizarro!

No Geral o filme convence e nos dá uma boa imagem do sexismo nordestino e das sua crenças e tradicões... Tudo regado a muita cachaça, enquanto ele (Ojuara) não encontra a sonhada "terra de São Saruê", onde as montanhas são de rapadura e os rios de leite. Além disso, como diz o título, Ojuara tem pelo caminho um confronto com o próprio Diabo. O cão pequeno..ou outro nome qualquer. De fato isso é algo recorrente nos cordéis do sertão nordestino.. por isso não é de assustar mas, segundo o autor do livro, é uma liberalidade do diretor do filme, pois este personagem não existe no romance.. em todo caso, a figura emblemática é bem desenvolvida por Helder Vasconcelos, que rouba as cenas em que aparece e desde já pode ser considerado a grande revelação do ano no cinema nacional. (a cena em que aparece pela primeira vez é sensacional - a dança e a expressão: "gostiou?" é hilária!!!!) ah! ele é um estudioso das danças folclóricas nordestinas, por isso a incorporação de passos do Maracatu na construção do personagem...

O filme é baseado no romance As Pelejas de Ojuara, de Nei Leandro Castro, e faz ter uma leve lembrança a outros clássicos (ou nos lenbra pelas suas cores e linguagem) tais como Auto da Compadecida, de Ariano , ou a Lisbela e o Prisioneiro, de Osmar Lins... também transformados em filme que apresentam tal sincrético "anti-herói" nacional...

Apesar de Góes, o filme vale ser visto.. pela sua liberalidade do imaginário nordestino e brasileiro...

bração...

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