by Nêodo Noronha Dias
Um pássaro solitário, muito triste, pousa
na cruz de um cemitério abandonado,
parecendo um símbolo desgraçado
daquele que morreu, que já não vive.
Uma lágrima caiu-me, não a contive
olhando aquele quadro, aquela lousa.
Meu coração sentiu alguma cousa,
vendo na cruz o pássaro pousado.
Hoje recordo aquele quadro triste,
e em minha ideia, hoje inda persiste,
(e isso é pior que vil tortura)
Não sei bem... mas tudo me faz crer,
que aquele pássaro sempre vai lá ver
um poeta em sua sepultura.
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