A aparente normalidade...

É desalentador ver que, após anos e anos de estudos e pesquisas, da discussão ininterrupta de modelos e mecanismos de melhor aproveitamento da modalide de ensino a distância (EAD), com desenvolvimento por equipes de programadores, pedagogos, sociólogos, tecnólogos das mais diversas áreas, de ferramentas capazes de envolver o aluno e o professor em ambientes virtuais de aprendizagem, a forma adotada pelo governo atual (e por diversos governos estaduais) tem mais a ver com interesses escusos de lucopletarem-se do que ver o desenvolvimento da EAD de forma progressiva. 

Em recente matéria, o "The Intercept" discute justamente (discutir é um eufemismo - trata-se, na verdade, de denúncia!) sobre a contratação de ferramentas para Educação a Distância por governos estaduais, ferramentas sem um mínimo de consistência pedagógica ou de desenvolvimento pela comunidade de educação a distância no país. 

Os interesses econômicos e políticos estão, claramente, estreitamente interligados nas operações de contratação dessas (na verdade, apenas uma) ferramentas, desenvolvida por empresa sem a mínima  expertise na área,

Triste é ver que todos os esforços para o desenvolvimento de plataformas para a aprendizagem online se vêem simplesmente jogados ao lixo sem nenhum escrúpulo, sem nenhuma vergonha e descaradamente interligada a interesses políticos (mesmo que subliminares - cego é aquele que não quer ver) mesquinhos.

A velha política está mesmo entranhada no poder brasileiro. Aqueles que a ele chegam (poder) só desejam mesmo o enriquecimento fácil. Onde houver oportunidade de lucro alí colocará seus apaniguados e sequazes. Obscurantismo, demagogia, hipocrisia, e outros "ismos" mais só nos deixam a opção de desacreditar naquilo que vimos produzindo ao largo do tempo. 

Triste tempos esses em que vivemos!

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